O Parque Natural da Arrábida (PNArr), estabelecido em 1976 e ampliado em 1998, é baseado num maciço calcário que inclui as serras da Arrábida, S. Luís, Louro e Risco, bem como a área marítima adjacente perto do Cabo Espichel. A sua vegetação possui grande valor natural devido à influência de três tipos climáticos: Euro-Atlântico, Mediterrânico e Macaronésico (regiões de falésias). A Serra da Arrábida, a última do seu género na Europa e na Ásia, tem sido um lugar de inspiração religiosa, mística e até literária durante séculos.
Após a Reconquista, os primeiros frades arrábidos da Ordem de São Francisco viveram isolados em celas escavadas na rocha, dando origem ao Convento Velho e à Capela da Memória. No séc. XVI, o Convento Novo foi construído pelo frade Martinho de Santa Maria. Abandonado após a expulsão das ordens religiosas, foi adquirido em 1990 pela Fundação Oriente ao então proprietário, Manuel de Souza Holstein Beck.
O poeta Sebastião da Gama exaltou esta serra na sua obra Serra-Mãe, um hino à religiosidade e à celebração mística. A sua devoção à Serra da Arrábida inspirou a fundação da primeira associação ambiental de Portugal, a Liga para a Proteção da Natureza (LPN), em 1948.
Além dos seus valores naturais, históricos e culturais, elementos tradicionais como a produção de vinhos (de mesa e fortificados), mel e o queijo de Azeitão revelam a simbiose quase perfeita entre a Natureza e o Homem e a vida comunitária das populações locais.
A beleza da paisagem é impressionante, especialmente as suas falésias — as mais altas de Portugal continental —, com o Píncaro sendo o penhasco calcário mais alto da Europa, caindo abruptamente num mar azul cristalino e verde-esmeralda. É toda essa beleza e herança que o convidamos a descobrir! Venha daí!…
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