Na região do Douro Superior, a primavera chega no final de fevereiro, e as encostas de Vila Flor, Freixo de Espada-à-Cinta, Figueira de Castelo Rodrigo, Mogadouro e V.N. Foz Côa ficam adornadas de branco e rosa para recebê-la, numa exibição única de rara beleza. No entanto, não se engane se achar que aprecia completamente este espetáculo, a menos que tenha caminhado por essas encostas cobertas por nuvens de flores que caem suavemente no chão, criando um tapete de neve rosa, iluminado pelo sol. O prazer da caminhada que sugerimos pelas encostas do Vale do Côa só rivaliza com o prazer de saborear os magníficos produtos locais, como a amêndoa, o azeite ou os vinhos DOC. Pode ainda visitar o Museu do Côa e maravilhar-se com a diversidade da arte dos caçadores-coletores paleolíticos. Venha daí!…
A região do Cima Corgo está situada entre a confluência dos rios Corgo e Douro, a jusante, e a confluência do rio Torto com o Douro, a montante. O vale do rio Torto, que nasce no planalto granítico perto de Trancoso, oferece variações significativas na exposição das vinhas e um Ler mais…
“Os suaves vales verdes, as florestas quase sagradas, os pomares perfumados em flor, a frescura das águas que cantam, as pequenas capelas brancas nas colinas, as rochas cobertas de musgo, o ar com um doce sabor de paraíso, toda a majestade e toda a beleza. Deixe seu olhar deslizar e observar os vales profundamente esculpidos (…) os bosques de árvores, tão densos e arredondados com um verde tão juvenil, e sinta, ao redor, o leve balançar dos pássaros.”
“Devagar e em admiração, chegamos àquela avenida de faias, que sempre me encantou com sua nobre gravidade. (…) e no final das faias, de fato, apareceu o portão da Quinta de Tormes, com seu brasão em granito antigo, retocado e ainda mais envelhecido pelo musgo.”
As origens de Freixo de Espada à Cinta, embora envoltas nas brumas do tempo, remontam ao período Paleolítico Superior (por exemplo, o cavalo de Mazouco) e aos Narbassos (mencionados por Ptolomeu), um povo ibérico do período pré-romano. Isso indica que o assentamento existia mesmo antes da fundação do Reino de Portugal. Tem uma longa história marcada por numerosos eventos históricos. A terra é rica em histórias e lendas que explicam a sua toponímia, como o brasão do nobre “Feijão,” o nobre gótico “Espadacinta,” ou “Fraxinus,” que tentam elucidar a origem do seu nome. Freixo de Espada à Cinta também possui uma história geológica marcada por mudanças significativas no leito marinho, como as que ocorreram há cerca de 550 milhões de anos, que deram origem às terras xistosas onde são produzidos alguns dos melhores vinhos do mundo.
Existem numerosos vestígios do culto ao porco da Idade do Ferro (estátuas de javalis e figuras de javalis selvagens) e da presença romana (moedas, cerâmicas, vidro, etc.). Venha descobrir a beleza desta aldeia, a mais manuelina de Portugal, e uma região incluída no Parque Natural Internacional do Douro. É caracterizada pela grandiosidade do Rio Douro e dos seus afluentes, que podem ser admirados a partir de fantásticos miradouros como Penedo Durão e Carrascalinho. Não é incomum ver abutres, abutres do Egito ou a águia-real, que encontram refúgio nas falésias e escarpas próximas. Uma natureza selvagem e quase intocada, com falésias, dobras e afloramentos rochosos, outras vezes com paisagens moldadas pela atividade humana, como olivais, vinhedos e pomares de laranjas ao longo do rio, ou campos de amendoeiras que, nesta época do ano, apresentam um espetáculo raro e bonito: a floração das amendoeiras. Venha daí!…
No Pinhão sentimos toda a energia da cultura do vinho, um fervilhar de vida associado à região do Douro Vinhateiro. Do alto de Casal de Loivos, vemos, em perspetiva, uma paisagem que é o resultado da obra secular da intervenção humana, dos socalcos de infindáveis vinhedos e um rio por Ler mais…
A luz límpida de Setembro, antecipando o Outono, revela uma paisagem de beleza singular, modelada pelos típicos socalcos. É essa natureza monumental do Alto Douro Vinhateiro que iremos descobrir num passeio a pé, passando pelas gravuras rupestres do Côa, que nos leva a uma das mais emblemática quintas do Douro. Ler mais…