






A orientação diversificada do terreno, as mudanças súbitas de altitude e a interação de influências climáticas dão origem a uma multitude de microclimas. Esses fatores, combinados com a composição predominantemente granítica do solo e a ação construtiva dos seres humanos ao longo dos séculos, criam características botânicas e paisagísticas muito distintas nesta área, chamada de “Tibete Português” devido à beleza dos seus icónicos socalcos.
Nas encostas mais quentes e abrigadas dos vales, encontram-se espécies como o Sobreiro, o Medronheiro, a Nespereira-brava, o Feto-de-Gerês, a Samambaia-real e a Vinha-de-montanha. Nas áreas mais influenciadas pelo clima atlântico e a altitudes de até 800-1000 metros, pode-se observar florestas de Carvalho-comum, muitas vezes associadas ao Azevinho. Acima dos 1300 metros, o Carvalho-comum, por vezes, assume uma forma arbórea e, em alguns casos, forma verdadeiras florestas.
Acima dos 900 metros, o Carvalho-comum é substituído pelo Carvalho-negral, com a presença do Ulmeiro-europeu, uma espécie característica da zona Euro-Siberiana. Outras espécies como o Pinheiro-silvestre e o Teixo podem ser encontradas em altitudes mais elevadas, nos vales mais úmidos e abrigados, representando remanescentes de uma flora pós-glacial, onde a presença do cavalo Garrano é comum. Venha connosco e junte-se a nós!…
0 comentários